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quarta-feira, 14 de abril de 2010



Pensando nas minhas galinhas, telefone tocou e fiquei babando de inveja do Enock Cavalcanti


Ely Santantonio

Pensava nas minhas galinhas em Cuiabá, solitárias, tristonhas, provavelmente em decorrência da minha ausência forçada, da escassez de milho, farelo de arroz, quando o telefone tocou. Mais um informação interessante sobre o mordômico funcionário FANTASMA (recebe do Senado sem trabalhar, sem DAR PESADO - aí complicou - como a grande maioria faz, em Brasília) da senadora Seys Slhessarenko (PT), o renomado jornalista Enock Cavalcanti, agora também servindo (e muito!) ao ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) em troca de 80 mil "moedas", por enquanto.

A denúncia é quentíssima e, confesso, pela situação vivida por mim momentaneamente, cheguei a sentir inveja do Enock. Não que ele não mereça tanta grana. É batalhador, competente, até já escreveu algumas matérias para o meu jornal (Liberal) na década de 90, quando eu descia o porrete na família Campos (Jaime governador, Júlio Senador, que mandavam "apagar" inimigos sem pensar duas vezes - Um milagre a minha sobrevivência!). Nunca exigiu nada em troca, e já na época atuava como assessor da então deputada Serys, atendendo em seu gabinete, ali na Barão de Melgaço, onde ficava a antiga sede da AL. Mais magrinho, bem "durinho" também!

Sinceramente, de coração, acho que o Enock merece tudo isto e muito mais. Está em Mato Grosso há muitos anos e, agora, desprovido dos "princípios" que o nortearam no passado (que quase o levaram à prisão na década de 80, quando editor do Jornal do Dia , do então deputado estadual Benedito Alves Ferraz - jornalistas chegaram a fazer protesto nas ruas e até correntes de oração), com o colchão abarrotado (ou está enterrando no quintal?) e pondendo curtir as noitadas cuiabanas sem se preocupar com moedas no fundo do bolso, frequentando lugares "chiques", conhecendo gente nova, tudo na vida o encaminha para uma aposentadoria tranquila. Muito merecido.

O telefonema que me deixou babando de inveja, hoje (14.03) ao entardecer revelou que além de um "big" salário de R$ 12 mil como FANTASMA da senadora Serys, acoplado de outras vantagens condizentes com a função (Fantasma produtivo e respeitado é aquele que tem a competência de assombrar pessoas!), Enock Cavalcanti também recebe um gordo "bereré" por fora para "assessorar" presidentes, diretores, superintendentes de autarquias federais ligadas (subjugadas?) ao domínio da "Presidente Interina do Senado".

Nos encontros (festivos ou não) ele sempre está presente, com seu estilo bonachão, de competência à toda prova, sempre "ao dispor". Inteligente, tratou também de cultivar amizades frutíferas até com alguns adversários da patroa, como é o caso do William Sampaio, superintendente do INCRA em MT, militante do PT há 24 anos, uma indicação do deputado federal Carlos Abicalil (PT), rival da Serys pela vaga no Senado, e que foi denunciado em maio de 2009 pela Ong Moral por usar dinheiro público (diárias) em viagens a serviço do Partido dos Trabalhadores (encontros regionais).

Enock saiu em defesa do amigo, a denúncia foi arquivada e tudo deu em nada. Agora, recentemente, mais uma vez o competente jornalista e advogado antecipou ao juizo da opinião pública a inocência de Sampaio no escândalo da "Operação Hyggea", que detonou meio mundo no PT e PMDB, ocasionando a prisão de muita gente. Está no seu blog, Página do E, edição de hoje, com foto gigante e tudo mais: O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) de Mato Grosso, através de nota assinada pelo seu superintendente William Sampaio confirmou nesta quarta-feira (14), que, em 2008, foi firmado um termo de parceria com o Instituto Creatio, no valor de R$ 21 milhões, dos quais foram liberados apenas R$ 3 milhões. No entanto, após recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), que alertou para ausência de capacidade técnica da entidade para execução do projeto, o termo de parceria foi cancelado e o montante devolvido aos cofres públicos. (Estranha tal devolução!... Cê já viu algum ladrão devolver o produto do roubo, ainda mais sendo muito?)

De assessoria em assessoria, Enock vai ficando cada vez mais "bamburrado", como dizem os garimpeiros de Poxoréo. E agora, associado a Wilson Santos, que "nhapou" o que podia carregar e ainda obriga o FANTOCHE Chico Galindo a não embolsar o conteúdo dos "baús" deixados para trás, confesso que não há como não ter inveja do colega... Se ao menos pudesse voltar a Mato grosso para cuidar das minhas galinhas!!!

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