Ely Santantonio
Curto&Grosso

"Não quero ser ministro!"
O senador eleito Blairo Maggi (PR) descartou nesta terça-feira (9) em entrevista ao Olhar Direto qualquer conversação, durante a sua visita a Brasília, em torno da composição do seu partido e do seu nome no futuro governo da presidente eleita Dilma Roussef (PT). O nome de Blairo foi lembrado para assumir o Ministério da Agricultura ou o Ministério dos Transportes. “Não há absolutamente nada em relação a cargos e a ministérios. Não estou negociando nada. Vim a Brasília somente para conhecer detalhes sobre o mandato parlamentar, sobre os gabinetes e trâmites envolvidos”, afirmou Blairo
Fantochico e seus trambiques
Circula nos bastidores a informação de que já estaria tudo acertado para que uma empresa de Goiânia (GO) vença a concorrência para a instalação de radares eletrônicos em Cúiabá. O retorno dos famigerados "pardais" já foi anunciado pelo prefeito Chico Galindo (PTB). No suposto lobby em favor da empesa de Goiás, estaria uma grande emissora de TV com sede em Cúiabá.
Pagot na corda bamba
Deu no RDNews: A descoberta de uma série de irregularidades na execução de projetos e obras sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) pode dificultar a permanência no cargo do diretor-geral Luiz Antônio Pagot. Embora o Tribunal de Contas da União não tenha comprovação do envolvimento de Pagot nessas falhas, a sua imagem fica arranhada perante o novo governo Dilma Rousseff. Ele conduz há dois anos uma das autarquias vinculadas ao Ministério do Transporte mais cobiçadas da estrutura da União. Detém um orçamento anual de R$ 14 bilhões, superior ao do governo mato-grossense.
Muitas irregularidades
Somente nas rodovias federais, o TCU encontrou 115 irregularidades, entre elas as que cortam Mato Grosso, como 158, 070, 163 e 364. Há indícios graves, como superfaturamento de preços, má qualidade dos serviços das empreiteiras, pagamento irregular de despesas e indícios de conluio entre licitantes. Nas obras da BR-158, na região do Araguaia, que passa por Barra do Garças e avança rumo ao Pará, foram apontadas 84 irregularidades numa análise feita em 21 contratos. Na 070 (Cuiabá-Cáceres), o TCU levantou 8 problemas graves em 4 contratos de pavimentação. Apontou 23 falhas também na execução de obras nas BRs-163 e 364, a Cuiabá-Santarém. Apesar dessas irregularidades, as obras não vão ser interrompidas.
Pobre Mato Grosso!
Por causa de uma outra irregularidade, desta vez nas obras emergenciais de reforço e recuperação da ponte Marechal Rondon sobre o rio Paraguai, em Cáceres, o TCU mandou intimar o ex-superintendente da Unit em Mato Grosso, Rui Barbosa Egual, o atual superintendente Laércio Coelho Pina, o coordenador de Estruturas, Eduardo Calheiros de Araújo e a Construtora Sanches Tripoloni Ltda. Pediu explicações. É que o TCU constatou sobrepreço no serviço de execução de estacas-raiz, superfaturamento e sobrepreço no serviço de fornecimento e cravação de camisas metálicas e superfaturamento no serviço de monitoramento de tráfego.
"Salve-me, Blairo!"
A vinculação do Dnit com irregularidades deixa Pagot numa saia-justa. Além do mais, por mais que ele tenha se esforçado para ganhar respaldo do Palácio do Planalto com vistas a continuar no cargo, a sua atuação nesta campanha eleitoral como coordenador-geral da campanha de Dilma em Mato Grosso não foi suficiente para levar a petista a ganhar do tucano José Serra em Mato Grosso. Isso também deve pesar na hora da presidente eleita decidir comando dos cargos. Embora não demonstre publicamente, Pagot está preocupado. Acha que, se de novo o ex-governador e senador eleito Blairo Maggi (PR), de quem foi secretário de Infraestrutura, Casa Civil e Educação, não entrar nas articulações em defesa do seu nome, dificilmente será mantido no posto.
Zé Cara-de-pau
O prefeito de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), Zé Carlos do Pátio (PMDB) vai buscar uma reaproximação com o governador reeleito Silval Barbosa (PMDB), depois de negar apoio ao companheiro de partido, durante o processo eleitoral passado. Pátio pediu voto para candidatura de Wilson Santos (PSDB), que ficou em terceiro lugar.
Bateu. Agora assopra?
O político, aparentemente, teme que esse ruído com Silval possa prejudicar o andamento de sua gestão, uma vez que o potencial de investimento do Estado é considerável. "Tivemos algumas posições pontuais, isso não resta dúvida. Sou um homem de posição política, mas quero dizer o seguinte: há uma busca da unidade das forças políticas de Rondonópolis", declarou, em entrevista ao MidiaNews.
Cadê a arrogância de antes?
Zé do Pátio ressaltou que é um político de "posições bem definidas", mas o momento eleitoral acabou e ele buscará a unidade partidária. O prefeito informou que já esteve reunido com o presidente nacional do partido, vice-presidente eleito Michel Temer, e com o próprio Silval. "Estamos construindo essa relação de harmonia. Tenho 30 anos de PMDB e vou conseguir isso", disse.
Só "gente fina"
Deu no jornal A Gazeta. Dentro do quadro de especulações, a maior surpresa ficou mesmo com a possível escolha do deputado federal Pedro Henry , que ganhou nova eleição mas ainda não levou por ter sido barrado pela "ficha limpa". Henry assumiria a Secretaria de Saúde. Há ainda os nomes de Jaqueline Guimarães (PHS), derrotada a deputada federal ou o marido, médico e deputado estadual reeleito Wallace Guimarães (PMDB).
Dois garantidos
Enquanto Silval não definir oficialmente o nome do seu novo staff, obviamente, as especulações vão continuar. Pelo menos por enquanto, certos mesmo estão o jornalista Osmar Carvalho (Secom) e a primeira-dama Roseli Barbosa, na Setecs.