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sábado, 18 de dezembro de 2010


Qual o segredo por trás do sucesso de Blairo Maggi, com a imprensa, durante seus dois mandatos?




Texto : José Marcondes (Muvuca)


Se alguém tiver uma outra versão, que revele, mas a que corre os bastidores da notícia é esta:

Pegou um jornal falido, que atrasava em até seis meses o salário dos funcionários, e teve a própria sede penhorada em função de dívidas, e lhe salvou. Deu uma de suas propriedades particulares para virar sede deste jornal, e, de falido, montou uma sucursal em Rondonópolis, terra do governador. O jornal hoje está no azul, com sede nova e sorridente. Realmente, um ideal que jamais se apaga.

Presenteou um outro grande empresário das comunicações, o verdadeiro midas da imprensa mato-grossense, com uma rotativa (impressora) de 5 milhões. E que por isso, até hoje, este jornal não pára de crescer.

Comprou de um dono de um semanário que também tinha empresa de tratores, algumas de suas máquinas, que com o 'lucro' - superfaturamento à parte, também adquiriu uma rotativa ultra-moderna, e hoje fez de seu semanário um grande jornal.

Tirou da sarjeta vários donos de pequenos periódicos que sofreram as mínguas no governo anterior, cujos milhões destinados à imprensa, viraram o famoso escândalo Secomgate, que deu origem a fortuna de um marqueteiro meia boca metido a político, mas que nunca ganhou eleições sem estar à sombra de alguém.

Bancou uma revista de 30 mil reais a um articulista conhecido, que, meses depois, faria parte da própria estrutura do governo.

Fez a alegria de um sobrinho, quando pagou sua revista, com Locks novos, e estimulou o mercado das revistas, que eram escassas no estado.

Entupiu de dinheiro um famoso lobista puxa-saco que também é dono de uma revista que distribui prêmios de destaque anual, fazendo o que mais sabe: aparecer sempre na fotografia escrotal.

Escalou em seu governo gente que mantinha boas relaçãoes com a imprensa, como Éder Moraes e Eumar Novacki.

Tratou bem todo mundo que conseguisse escrever uma linha de jornal e levasse à publicação. Ou qualquer um que pronunciasse a palavra site. Os blogs vieram depois, timidamente se acomodando. Ele (Blairo) sempre atencioso, sorridente, prestativo.

Não houve escâdalos na pasta. Indecente ou não, a verba publicitária foi gasta com quem de fato fazia a comunicação. Para o bem ou para o mal.

Estes foram os anos de ouro da imprensa mato-grossense. A história dos próximos 4 anos serão contadas por Silval Barbosa, e seu mais confiável secretário, Osmar Carvalho, o gentleman da comunicação em Mato Grosso.

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