Denúncias devem aumentar
Acusação de estupro de menina Down se dá ante rumores de vários casos, abafados por medo e carência dos pais
O Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (CMDPD) acredita que novas denúncias de violência sexual contra crianças portadoras de síndrome de Down surgirão com o início das investigações do caso de uma menina de 12 anos que teria sido abusada dentro da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O conselho posiciona que há rumores de outros fatos semelhantes, mas que as famílias têm medo de formalizar denúncia. “A gente fica sabendo dos comentários de que aconteceu aqui e ali. O fato é que as famílias são muito humildes e têm receio de sofrer represálias e talvez por isso não denunciem”, relata o presidente do CMDPD, Eron Alves. A auxiliar de serviços gerais Edna Francisca Oliveira, de 46 anos, enfrentou o temor de ficar desamparada pela Apae e procurou a delegacia para registrar boletim de ocorrência. A filha de Edna, de 12 anos, sofreu abuso sexual e a mãe acredita que a violência aconteceu dentro da Apae do Porto, em Cuiabá, onde a menina passava o dia. A principal suspeita até o momento é um funcionário administrativo da instituição. Há suspeitas que outra menina, colega da filha na Apae, tenha sido violentada. “Quando ela me contou, citou muito o nome de outra coleguinha, menor que ela, que também estuda lá. Não sei se essa outra menina também foi vítima”.
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