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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

LINGUAGEM DOS SINAIS

Companheira Serys é
carta fora do baralho

Companheira de armas Dilma "Estela" Rousseff tirou o seuzinho da reta, ontem, ao remeter aos diretórios nacional e estadual do PT a decisão sobre quem será o candidato do partido ao Senado: a companheira Serys Ex-Slhessarenko, que acha que tem o "direito natural", porque é senadora ou o deputado federal proto-aloprado Carlos Abicalil.

O que a ministra-candidata não quis dizer em palavras deixou muitíssimo claro na linguagem dos sinais. Por coincidência -- acontece! -- o tal encontro reservado com Soja Majestade e a senadora, que constava na agenda oficial da companheiro-ministra-candidata em Mato Grosso, simplesmente não aconteceu.

Entenda o caso:

Abicalil pertence à facção que controla o diretório nacional e, de quebra, preside o estadual da legenda em Mato Grosso.

Mais:

Para a petelhada, não existe esta estória de "direito natural". No Rio Grande do Sul, só para citar um exempo, Olívio Dutra, eleito governador em 98, em tese, teria o suposto direito de disputar a reeleição em 2002, mas foi desbancado nas prévias internas por Tarso Genro, que acabou perdendo para Germano Rigotto (PMDB).

Well...

As "prévias internas" no PT de Mato Grosso já foram realizadas -- as eleições para os diretórios estadual e nacional -- e Abicalil ganhou e Serys perdeu as duas.

Ora, ora, ora, ora...

Se no Rio Grande do Sul -- um dos maiores colégios eleitorais do País, com um peso enorme numa disputa presidencial -- o PT jubilou um governador com "direito" à reeleição, não é difícil imaginar o que irá acontecer com uma senadora de Mato Grosso, um Estado que tem menos eleitores que a Zona Leste da cidade de São Paulo.

Traduzindo:

Companheira Serys Ex-Slhessarenko tá na pica do Saci.

Com todo o respeito, é claro. (Supersitegood)

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