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sábado, 6 de fevereiro de 2010

POLÍTICO SÓ LÊ JORNAL SE A MANCHETE FOR UM CACETÃO DE ARREPIAR, A SEU RESPEITO
(UM MONTE DE JORNAIS E REVISTAS NA MESA DE WILSON SANTOS, E ELE SEM TEMPO PARA LER!)


Tenho, definitivamente, que me render à internet. Com 38 anos de militância na imprensa escrita (comecei ao l6 anos), nunca vi tanta agilidade, tanta eficiência, tanta resposta rápida e eficiente. Uma vez, quando era amigo do prefeito Wilson Santos (ainda no início da sua primeira gestão) vi um monte de jornais e revistas sobre sua mesa de trabalho. Entre eles, um jornaleco que eu havia publicado há 2 dias. Ingênuo, perguntei: E então, Wilson, gostou da matéria que fiz sobre você?...... Curto e grosso (lembrei do site do Villa), respondeu sem tirar os olhos de um monitor, lendo as últimas a seu respeito: Ely, sinceramente, nem tive tempo de ler jornal. Tá vendo o monte? Vou ler o final de semana!........Fiquei abobalhado, abestalhado, sem nada comentar, esperando um "checão" pessoal de R$ 1.OOO,OO (mil reais) que momentos depois ele preencheria com certo enfado no olhar (amigo pobre, passando fome, oferecido, não tem preço..... Da-se esmolas!)
Mesmo assim, por mais que não pareça, não me esqueço dos bons momentos vividos ao lado do GALINHO, quando deputado estadual, das nossas viagens, do quanto foi leal e amigo quando estive preso e foragido de Mato Grosso, refugiado na casa do seu irmão Wilton Santos, então um deputado famoso em Manaus, onde chegou à presidência e primeira secretaria da AL. Gente fina, um homem brilhante! Não me esqueço também das vezes em que, aqui em Cuiabá. sem jornal, sem esposa (são as primeiras a abandonar o barco "furado") por várias vezes o meu amigo, o Galinho de tantas boas ocasiões, fugiu de mim como o Diabo corre da Cruz ou, simplesmente, ignorou minha presença em ocasiões diversas (ninguém gosta de aparecer ao lado de "fracassados").
O desabafo não tem nada a ver com a matéria, apenas ilustra o fato de, após tanto tempo, depois de anos da visão do amontoado de jornais e revistas esperando pelo leitor (talvez nem tenha lido) só agora resolvi entender a força da internet. Pelo volume de telefonemas de pessoas que não conheço, nunca vi em sua grande maioria, mas que ligam (65 9911 3008////// 65 99l9 5798 /////// 8464 9829) ou contactam pelo E-mail (meu filho que cuida desse setor), algumas felicitando, outras esculhambando. Tanto faz, o importante é a comunicação rápida. Tenho recebido telefonemas do Brasil e até do exterior, de cuiabanos que moram fora do País. Achei fora do comum. Comentei com meu filho: Mas como, meu jornais (Diário do Povo e Diário do Estado) só ciculam em Cuiabá?...... Ele riu e mostrou para mim algo que desconhecia até semana passada. Sou mais famoso na internet que muita gente famosíssima do Estado. Não estou mentindo, nem sei acessar os sites ou mesmo abrir uma página no computador. Tudo feito pelo meu garoto, Ely JB Dias, de l8 anos, que aos l3 me surpreendeu dirigindo uma das minhas camionetas (prova de que o mundo dá voltas e até quem hoje passa fome amanhã pode de novo comer caviar... Mesmo com dinheiro prefiro bagre ensopado). Ao buscar por Ely Santantonio no Google e noutros sites de busca, descobri coisas a meu próprio respeito que jamais imaginava. Quero, oportunamente agradecer ao apoio de jornalistas como Ivaldo Lúcio, Selzy, falecido Gilson de Barros (coluna Bedelho) também às ironias do Enock Cavalcanti, João Bosco e outros.
Não significa que deixarei de editar meus jornais. Ainda acredito na imprensa escrita. Sou dos gloriosos tempos do jornal Equipe, década antes da fase Paulo Guimarães. Do tempo em que poucos tinham linotipo e as páginas eram montadas uma a uma, letra por letra, na base do tipo. Contudo, tenho que aceitar essa nova época, pois fica difícil gastar uma fortuna para colocar um jornal diário nas bancas, ou mesmo um semanal, sofrer com distribuição e saber (como vi há alguns anos e não me toquei) que sequer serão lidos pela maioria dos políticos, a não ser que a manchete principal seja um CACETÃO de arrepiar.

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